É sabido por todos que o aquecimento global é uma realidade no nosso planeta. No Rio de Janeiro atravessamos o verão mais quente dos últimos 30 anos. É nesse clima de mais de 40º que alunos têm que estudar todos os dias.
No Colégio Pedro II, um dos mais tradicionais colégios do país, os alunos organizaram um movimento contra as péssimas condições estruturais da escola, bebedouros com água quente e suja, cantinas e bandejões que não funcionam e principalmente a ausência de climatização das salas de aula. Esse movimento ganhou o nome de “SAUNA DE AULA, NÃO!”.
No colégio as salas de aulas vazias chegam a marcar 41ºC, segundo medição feita pela imprensa. Os ventiladores que existem, ou estão quebrados, ou são muito barulhentos e atrapalham a aula.
Por conta de todos esses problemas os estudantes organizaram um grande ato no dia 21/02 exigindo: climatização de todas as salas de aulas de todas as unidades, conserto dos bebedouros, bandejões regulares e com qualidade. O ato contou com cerca de 1000 estudantes e teve repercussão em todos os noticiários e jornais do Estado.
Durante o ato, a direção ao invés de atender os estudantes chamou a policia para dispersar o ato. A policia impediu os estudantes de entrarem na escola, jogou spray de pimenta nos estudantes e prendeu um diretor de grêmio.
A Direção Geral do colégio publicou uma nota de esclarecimento no seu site que entre várias desculpas e mentiras caracteriza assim a ação policial: “A forma como a manifestação foi orientada e se desenvolveu, causou transtornos indesejáveis ao trânsito, levando a Polícia Militar a se fazer presente e atuante, o que aconteceu com tranqüilidade e eficiência”. As fotos provam bem a tranqüilidade e eficiência da policia.
Outra exigência feita pelos estudantes no ato foi a da imediata alteração do nome do Edifício da Direção Geral, que hoje homenageia o ditador Almirante Augusto Rademaker, “vice-presidente” do governo Médici para um dos nossos heróis que lutaram por um Brasil democrático e socialista, os alunos: Marcos Nonato da Fonseca, Kleber Lemos, Roberto Spigner, Lucimar Brandão Guimarães, Alex Xavier Pereira e Fernando Augusto da Fonseca que foram covardemente assassinados pela ditadura militar no inicio da década de 70.
No dia seguinte ao ato, a direção fez uma audiência com os grêmios e entidades do colégio e pediu uma semana de prazo para dar uma resposta mais concreta sobre as exigências.
Os grêmios já decidiram que a luta vai continuar e marcaram um novo ato para a audiência do dia 01 de março.
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